quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A contradição humana no conto “ A igreja do diabo” de Machado de Assis



        Podemos observar que, através do conto Machado de Assis objetiva demonstrar a fraqueza e “contradição humana”, em outras palavras, que todo homem santo tem algo de pecador e vice-versa.
Como se nota, uma espécie de extremo representada no conto é a religião, pois seus fiéis devem supostamente obedecê-la. Devido à imperfeição humana há sempre contradição em seu meio e assim, esta é incapaz de viver em um desses extremos, o que podemos caracterizar como uma espécie de mimetismo antagônico, quero tanto me afastar do outro pelo ódio que acabo me aproximando.
No decorrer do conto podemos observar que o diabo acredita na péssima índole do ser humano e que sempre foi assim. Para ele, as religiões até então existentes, somente servem para que as pessoas apenas escondam suas verdadeiras faces, e por este motivo almeja e funda uma Igreja com o objetivo de criar condições para que os homens desta forma possam revelar sua real índole.
Ao contrário disso, o que ocorre é que, a humanidade não foi capaz de seguir todos os ensinamentos da igreja do diabo, como também não é capaz de seguir aos ensinamentos das religiões existentes.  Neste sentido podemos observar a incapacidade do ser humano de seguir um extremo, uma vez que todo o ser humano está sempre entre o bem e o mal, sem nunca seguir apenas um destes.
        Em última análise podemos observar que, Machado de Assis revela através deste conto que, as atitudes humanas se encaixam perfeitamente na igreja do diabo, que a todo o instante deseja o poder e a dominação, comparando a humanidade ao personagem do diabo. Deus é apresentado assim como Ele é, paciente, sábio, amoroso e nos dando o livre arbítrio, pois em nenhum momento ele se opunha quanto às atitudes do diabo ou das pessoas.
            Por tais razões, podemos concluir que o texto elucida através desta igreja, a contradição humana e a sua dificuldade de ser totalmente boa ou totalmente má.

Por: Priscila de Sá Braga Fonseca.

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