Podemos observar que, através do conto Machado de
Assis objetiva demonstrar a fraqueza e “contradição humana”, em outras
palavras, que todo homem santo tem algo de pecador e vice-versa.
Como se nota, uma espécie de
extremo representada no conto é a religião, pois seus fiéis devem supostamente
obedecê-la. Devido à imperfeição humana há sempre contradição em seu meio e
assim, esta é incapaz de viver em um desses extremos, o que podemos
caracterizar como uma espécie de mimetismo antagônico, quero tanto me afastar
do outro pelo ódio que acabo me aproximando.
No decorrer do conto podemos
observar que o diabo acredita na péssima índole do ser humano e que sempre foi
assim. Para ele, as religiões até então existentes, somente servem para que as
pessoas apenas escondam suas verdadeiras faces, e por este motivo almeja e
funda uma Igreja com o objetivo de criar condições para que os homens desta
forma possam revelar sua real índole.
Ao contrário disso, o que ocorre
é que, a humanidade não foi capaz de seguir todos os ensinamentos da igreja do
diabo, como também não é capaz de seguir aos ensinamentos das religiões
existentes. Neste sentido podemos
observar a incapacidade do ser humano de seguir um extremo, uma vez que todo o ser
humano está sempre entre o bem e o mal, sem nunca seguir apenas um destes.
Em
última análise podemos observar que, Machado de Assis revela através deste
conto que, as atitudes humanas se encaixam perfeitamente na igreja do diabo,
que a todo o instante deseja o poder e a dominação, comparando a humanidade ao
personagem do diabo. Deus é apresentado assim como Ele é, paciente, sábio,
amoroso e nos dando o livre arbítrio, pois em nenhum momento ele se opunha
quanto às atitudes do diabo ou das pessoas.
Por tais razões, podemos concluir
que o texto elucida através desta igreja, a contradição humana e a sua dificuldade
de ser totalmente boa ou totalmente má.
Por:
Priscila de Sá Braga Fonseca.
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